quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Viajando de carro pela Europa


Nesse post vou falar sobre a viagem que fiz para Santiago de Compostela. No dia 7 de outubro alugamos um carro e fomos desbravar o norte de Portugal e noroeste da Espanha. Santiago de Compostela encontra-se a 230 km de Porto. Para pequenas distâncias e com o objetivo de passar em várias cidades, vale muito a pena alugar um carro. O preço sai muito mais em conta, fora o conforto da viagem.
O aluguel de um carro aqui em Porto é 9 euros por dia. Soma-se aí 7 euros por dia do GPS mais uma taxa de 16 euros para sair do país. Como alugamos o carro por três dias, podíamos rodar 800 Km com ele. A média é 200 Km por dia. Alugamos dois carros para nove pessoas. Saímos do Porto às 6h30. Uma hora depois já estávamos em Valença, cidade ao Norte de Portugal. Ela faz divisa com a Espanha. Há uma ponte onde de um lado é Portugal e do outro a Espanha.




Paramos na cidade para conhecer a Fortaleza de lá. O lugar é uma aula de história em si. Há uma cidade dentro da Fortaleza. Você se sente dentro do Feudalismo vendo todos aqueles canhões apontados para a Espanha, armaduras, igrejas e o museu. O lugar é incrivelmente encantador e diferente de tudo que eu já vi, principalmente quando a gente começa a pensar em tudo o que já aconteceu ali dentro.








Após a aula de história, seguimos estrada rumo a Santiago de Compostela. Santiago é a capital da Galiza. A principal atração de Santiago é a belíssima Catedral de fachada barroca. A Catedral é o ponto de chegada dos peregrinos que fazem o Caminho de Santiago. Para quem não sabe a história, o Caminho de Santiago de Compostela é uma rota que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela aonde se acredita estar o túmulo do apóstolo São Tiago ou Santiago. São vários os caminhos e rotas, mas todas terminam na Catedral e giram em torno de 120 a 220 km. E, pasmem, tem pessoas que fazem esse caminho a pé!




A cidade é pequena, não há muito o que se ver, fora a Catedral e os museus. Acredito que em metade do dia dá para ver tudo. Não é necessário se preocupar com o Espanhol porque eles falam galego. E, por incrível que pareça, a língua galega é muito parecida com a nossa. Fomos ao museu do Povo Galego e a recepcionista nos explicou o funcionamento do museu. Ao terminar, elogiamos o seu bom português e ela nos fala: “Mas eu não falei português em nenhum momento. Estou falando galego o tempo todo”. Engraçado né. Esse é o museu mais importante da cidade. É válido entrar nele e só custa 1 euro a entrada.





Depois da visita ao museu, fomos tomar banho no hostel. E saímos a noite. Estava muito frio. A cidade é gelada! E as ruas estavam vazias. Se quiser aproveitar noitada também, não durma por lá, siga direto para Vigo. Entretanto, como não sabíamos disso, voltamos cedo para o hostel e fomos dormir. Na verdade, metade das pessoas dormiu no hostel e a outra metade no carro. Eu fui uma das que dormiram no carro. Economia é sempre válida né. E foi muito tranquilo. Dormi a noite toda e não passei frio. Ainda bem que lembrei de levar meu edredon.

Vigo e Ilhas de Cíes

Às 7h da manhã do domingo seguimos viagem para Vigo. Seguir o GPS não foi uma boa ideia. Acabamos fazendo um rally pela Espanha. Passamos por fazendas, cruzamos com vacas!!!! Foi muito engraçado, mas o problema é que a gasolina estava acabando e nós estavámos no meio do nada.





Mas, no final das contas e depois de 3h rodando, conseguimos encontrar um posto e chegar em Vigo. A distância entre Santiago e Vigo é de 90 Km, o que gastaríamos somente uma hora para fazer se não tívessemos nos perdido e confiado tanto no GPS. Abaixo um mapa com a volta que demos para chegar no nosso destino final. Mas valeu, pelo menos conhecemos a região da Galiza inteira. Hehe.




Em Vigo pegamos a barca para ir conhecer as Ilhas de Cíes. A barca custa 16 euros, mas foi o dinheiro mais bem empregado da minha vida. Cíes é indescritível. Posso colocar milhões de fotos da ilha aqui, mas com certeza nenhuma delas conseguirá mostrar a infinita beleza do lugar. É deslubrante a paisagem. Uma ótima dica é ir com mais tempo para poder acampar na ilha, porque há muitos lugares para conhecer lá. Como nos perdemos, acabamos chegando tarde e só conseguimos subir em uma das pontas da ilha. Uma caminhada de 30 minutos. Depois ficamos curtindo um pouco a praia e logo já era hora de pegar estrada de novo. Dessa vez, sem enganos.







Foi uma viagem muito agradável e barata. No final das contas, os gastos com o carro, gasolina e pedágios (são dois, um de 8 euros e outro de 1,70) ficou em 41 euros para cada. Com esse valor, compraríamos uma passagem para conhecer somente uma cidade, enquanto com o aluguel do carro visitamos três cidades e passamos por várias outras.

Moral da história: Nunca confie no GPS. Melhor seguir o bom e velho mapa e ir se orientando pelas placas. A estrada é muito bem sinalizada.

2 comentários:

  1. É verdade. também já me aconteceu. O GPS ás vezes faz-nos dar voltas tão grandes quando havia sítios mais diretos e mais rápidos. mas você esteve em sítios lindos. Eu quando vou de férias também gosto de usar o aluguer de carros e conhecer cada lugar, principalmente em Portugal.

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  2. Realmente é uma ótima opção Alves. Obrigada por visitar o blog e por seu comentário. Beijos.

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