Por Érick Nogueira*
Olá
pessoal! Vou contar para vocês como foi a minha road trip pela Califórnia e Las
Vegas. Ficamos 5 dias na simpática San Francisco, 3 dias dirigindo pela Pacific
Coast Highway (mais conhecida como Highway 1) no litoral da Califa, 3 dias na
gigante Los Angeles e 4 dias em um outro mundo chamado Las Vegas!
Bom...
Vou começar com algumas considerações gerais e dizer porque eu amei este lugar
chamado Califórnia:
·Lá existe qualidade de vida. As pessoas praticam atividades físicas,
cuidam do corpo e da aparência.
·Ao contrário da maioria das cidades americanas, na Califórnia come-se
muito bem. Nos 17 dias de viagem, comi apenas 1 sanduíche. E mesmo assim não
foi um Mc Donald's ou um Burguer King. Foi O Sanduíche da minha vida. Eu e a
Rafa conseguimos manter uma dieta equilibrada com carnes, vegetais, legumes e
salada. Tudo muito gostoso.
·Os californianos são os americanos mais simpáticos que já conheci. Eles
conversam, explicam, tratam bem os turistas, são sorridentes e tentam sempre
ajudar. Quando chegamos de bike em Sausalito, uma senhora usou o seu smartphone
para nos informar onde era o restaurante que estávamos procurando. Enfim... são
ótimos!
·A Califórnia é um estado liberal com pessoas modernas de mente aberta.
Principalmente nas grandes cidades (San Francisco e Los Angeles). Você pode se
vestir do jeito que quiser, ouvir o seu estilo de música preferido, ter um
cabelo colorido, andar de mãos dadas com o seu namorado (a) gay... Eles não tem
qualquer tipo de preconceito e aproveitam a vida como ela é. Muitas vezes você
pode ver ou sentir as pessoas fumando maconha nas praças e parques da
Califórnia. Sim! Isso é muito normal. A maconha é liberada para uso medicinal.
·Trata-se do estado mais rico dos EUA e muito moderno. Pessoas modernas!
·As melhores festas, shows, feiras acontecem na Califórnia.
Ida São Paulo x San
Francisco
Sai
de São Paulo com destino à San Francisco no dia 1 de Novembro por volta das 22
horas. Peguei a passagem na TAM usando milhas do cartão de crédito. Como emiti
com uma certa antecedência (junho), consegui uma super promoção. Apenas 50 mil
milhas (25 mil cada trecho).
O
vôo durou aproximadamente 9 horas. Enquanto esperava o jantar, assisti um filme
e tomei uns vinhos. Em seguida 2 Dramins
me ajudaram a dormir por quase toda a viagem. Cheguei novo em NYC. Fiz
uma escala de aproximadamente 2 horas em New York para então pegar o vôo para
San Francisco. Achei que o tempo seria suficiente, mas esqueci de uma coisa
chamada imigração. Como chegaram vários vôos mais ou menos no mesmo horário, a
fila para ter o passaporte carimbado estava enorme. Eu já tinha me conformado
que perderia o meu vôo para San Franciso, até que eu consegui desenrolar a
situação com uma funcionária da imigração e ela me passou na frente de umas 400
pessoas. Falei que tinha um casamento de um amigo em San Francisco às 8 pm. Rs
Na
imigração apenas uma pergunta: o que você faz no Brasil? Thank you! I'm in the USA again. Sai correndo para pegar o Airtrain que circula por todos os terminais do
aeroporto JFK. Quando cheguei no embarque do vôo da United, eles já estavam
falando o meu nome no Last Call. Quase perdi o vôo. Ufaaa!
Foram
mais 5 horas dentro do avião, escutando música e vendo filme, para chegar em
San Francisco. O fuso horário lá é muito diferente do nosso (6 horas a menos).
O clima estava ótimo, em torno de 20 graus Celsius.
Estou
na Califórnia...
Primeiro dia em San Francisco
Era
um sábado e a minha reserva no hotel só começava no domingo (quando a Rafa
chegou). Então nesse primeiro dia fui para um hostel – HI San Francisco. Nada
de taxi do aeroporto para lá! Melhor pegar o trem que custou US$ 8,25 do que um
taxi que iria ficar em mais ou menos US$ 50,00. Em aproximadamente 40 minutos
eu estava desembarcando no centro da cidade.
O
hostel era bem legal. Limpo e com preço justo. Fiquei num quarto compartilhado
para 4 pessoas. Paguei US$ 30,00 na diária. No meu quarto tinham dois meninos da
Costa Rica que estavam em um congresso e um senhor colombiano que era a cara do
Chaves e estava trabalhando em um show. Como fiquei apenas um dia neste hostel,
não fiz amizade com eles.
Fui
para os EUA com apenas uma mochila. Levei 3 camisetas e 2 bermudas. Então
reservei esta primeira tarde em San Francisco para fazer umas compras. Comprei
algumas roupas para os primeiros dias da viagem e um cartão de memória para a
câmera que o Alan me emprestou. E que câmera! As fotos ficaram lindas!
Aproveitei
para passear pela região da Union Square e ter as primeiras impressões da
cidade.
Conheci
também o famoso bondinho de San Francisco. Deixei para andar nele nos dias
seguintes.
Nesta
primeira noite em San Francisco, tomei algumas cervejas num bar próximo ao
Hostel. Como estava bem cansado, resolvi não durar muito e fui dormir. Bebidas
alcoólicas em geral são caras nos EUA. Paguei US$ 5 dólares em cada long neck.
Segundo dia em San Francisco
Neste
dia acordei cedo e já levei a minha mochila para o Hotel. Reservei o hotel de
San Francisco através do site priceline.com. Neste site podemos “dar um lance”,
ou seja, quanto queremos pagar por aquele quarto. O esquema é: você escolhe a
região da cidade que quer se hospedar, a categoria do hotel e informa um valor.
Se o seu lance for aceito, o seu cartão de crédito será debitado e só após o
pagamento o site vai informar o nome do hotel que você passará as suas férias.
Eu nunca tinha utilizado este site. Em outras viagens usei o hotwire.com que
funciona mais ou menos do mesmo jeito.
Fiquei
muito satisfeito. Consegui ficar em um hotel bom, super bem localizado e
pagando US$ 80,00 para 2 pessoas (US$ 40,00 para cada). Quase o preço do
hostel. O clima do hostel é muito legal, tem pessoas do mundo todo e você pode
fazer muitas amizades. Mas o conforto do hotel é um diferencial.
Aqui e aqui você aprende a usar o priceline e o hotwire. Usei
estes métodos anteriormente em Orlando, New York e Paris. Nesta viagem usei em
San Francisco, Monterey e Las Vegas. Fiquei muito satisfeito com todos os
hotéis e não tive nenhum problema. Basta entender como funciona e sair
reservando. Detalhe importante: não tem como cancelar a reserva ou trocar de
hotel. Portanto, faça as reservas depois de comprar as passagens.
Voltando
para o meu domingo em San Francisco, como ainda não estava no horário de entrar
no hotel, deixei minha mochila na recepção, peguei meu skate que eu já tinha
comprado pela internet, um mapa da cidade e fui dar uma volta.
Como
o hotel ficava próximo à entrada do Chinatown, fiz este primeiro passeio. San
Francisco tem a maior comunidade chinesa dos EUA. Na realidade, não tem nada
demais lá. Muitas lojas de decoração, de chás e ervas, de comidas, etc.
Sem
destino, fui em direção à região portuária de SF pela Washington Street. Nesta
altura do campeonato, eu já estava conseguindo andar no skate. Sem saber, cheguei
num parque fantástico chamado Sue Bierman Park. Várias pessoas andando de
skate, patins, crianças no playground e slackline.
Como
eu comecei a aprender slackline recentemente e quase não gosto de falar, fiz
amizade com um americano que estava lá no parque com a maior corda de slack que
eu já vi. Ele perguntou se eu queria fazer, mas faltou coragem. A corda estava
muito alta. Já pensou se eu machuco o pé no primeiro dia de viagem?! Hahaha Ele
mandava bem demais no slack e isso rendeu ótimas fotos. Coincidentemente a ex-namorada dele é brasileira e temos amigos em comum no facebook. Mundo pequeno (e que quero conhecer inteirinho!).
Fui para o Pier 1. Vários restaurantes bons,
porém caros. Não almocei ali porque estava esperando a Rafa chegar. Tomei um
cerveja por US$ 5,00 + tips e segui pelo calçadão do píer 1 ao 39. Claro, de
skate. Já estava me sentindo profissional. Risos.
Parava
sempre para tirar umas fotos. Conheci uma oficina que ensinava a fazer skates e
então cheguei no Píer 39. Ali é um lugar muito turístico, com várias lojas e
restaurantes. Em seguida voltei para o hotel, pois a Rafa já estava lá me
esperando. Peguei o famoso bondinho para voltar. Não vá sentado. A grande onda
é ir pendurado. Muito legal!!! O bilhete one way do bondinho custa US$ 6,00.
Aproveite
o trajeto de bondinho para observar a arquitetura das casas de SF.
Enfim
encontrei a minha amiga Rafa no Hotel. Fomos para a Lombard Street. Lombard Street é uma das vias de trânsito mais famosas de
São Francisco. Ganhou destaque internacional devido à ladeira íngreme pela qual
os carros passam em zigue-zague. É sem dúvida um dos principais pontos
turísticos da cidade. Eu particularmente achei muito sem grança. Mas vale uma
passada rápida lá.
Esperamos
30 minutos para entrar na rua, pois ela estava fechada para a gravação de um
comercial do novo carro da Nissan.
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O carro vermelho é o novo carro da Nissan do comercial |
Descendo
a ladeira, tivemos a oportunidade de ver a ilha de Alcatraz pela primeira vez e
tirar ótimas fotos.
Lá
embaixo, fomos nos acabar na Ghirardelli Square. Trata-se de uma fábrica
construída em 1893 onde hoje funcionam várias lojas de chocolates, sorvetes,
lembrancinhas, etc. Duas dicas: comam o Top Sunday (não lembro o nome exato,
mas é só perguntar qual é o melhor que eles vão indicar o mais famoso). Ele
custa US$ 14 dólares e rola dividir com o amigo. Não comprem chocolates
Ghirardelli ali (custam em torno de US$ 4,00 a barra). Na farmácia Wallgreen's da Union
Square paguei US$ 2,00.
Depois
da comilança na Ghirardelli Square, seguimos de taxi para Haight-Ashbury.
Ganhamos tempo com o taxi que custou US$ 15 dólares. Se você não estiver
sozinho, o custo benefício vale a pena. Em 1967, o bairro ganhou fama
internacional como paraíso dos drogados que usavam principalmente maconha e
LSD. Neste mesmo ano, durante o verão do amor, um grande festival de rock
psicodélico com nomes como Janis Joplin aconteceu por ali. A
partir daí, milhares de jovens de todas as partes dos EUA migraram para lá.
Hoje a região mantém o clima boêmio e existem ótimas lojas e brechós com preços
sensacionais, além de sorveterias, lojas de discos, livrarias, bares e
restaurantes.
Paramos
no Pub Martin Mack's, sentamos numa mesa perto da janela e ficamos só
observando a movimentação noturna. Peçam a porção de Nachos e de Quesadilla.
Uma delícia... Cada porção custou em torno de US$ 12 dólares. O bar estava bem
cheio, pois estava passando nas TV's um clássico do futebol americano. As duas
únicas pessoas do bar que estavam de costas para a TV e de frente para a rua
éramos eu e a Rafa. Vale a pena o passeio... Imperdível!
*Érick Nogueira é gerente de relacionamento no Banco do Brasil. Graduado em Turismo, apesar de não exercer a profissão, Érick utiliza seus conhecimentos nas milhares de viagens que faz pelo mundo.