Ponte Vecchio |
Após uma visita de médico a Pisa, fomos para Florença conhecer a capital do Renascimento. Já vou adiantando que eu estava na minha fase de TPM e choveu nos três dias que ficamos por lá. Assim, Florença foi uma das cidades que eu menos gostei na nossa Trip e tenho certeza que eu não saberei relatar com fidelidade essa cidade que todos amam e dizem ser encantadora. Não me culpem. Como dizem: Quem faz a festa somos nós e nosso estado de espírito. Acontece o mesmo com as viagens. É o nosso estado de espírito que faz com que nos encantemos ou não com determinadas cidades.
Bem, como chegamos tarde de Pisa,
seguimos diretamente para o Hostel (que não me lembro qual é e nem quanto
pagamos, mas era próxima da estação de trem Santa Maria Novella, a qual
descemos) e dormimos.
Segundo dia em Florença
No dia seguinte, fomos em
direção ao ponto turístico mais famoso de Florença: Il Duomo – Catedral de
Santa Maria del Fiore. No caminho, passamos pela Basílica di San Lorenzo. As
igrejas italianas costumam ter fachadas impressionantes, mas, San Lorenzo foge
à regra. A fachada nunca foi terminada, e dizem que seu exterior não faz
justiça aos tesouros encontrados lá dentro. A parte mais famosa da basílica é a
Capela dos Medici, onde estão as tumbas da família. Os Medicis é a dinastia responsável pela ascenção de Florença ao status de uma das cidades mais importantes do mundo. Mas, infelizmente, só fiquei sabendo disso depois de voltar ao Porto. Até a foto da Basílica tiramos com má
vontade, olha só.
Basílica di San Lourenzo |
Chegamos a Catedral Duomo, cujo
início da construção foi em 1296, e essa sim tem uma belíssima fachada em mármores de
várias cores, além de portões de bronze, adornados com mosaicos que retratam
cenas da vida de Maria. Lá dentro, existem pinturas e afrescos
importantes, como a Divina Comédia de Dante, de Domenico di Michelino e vitrais
feitos por artistas italianos famosos, como Donatello. No exterior da cúpula,
há um terraço que oferece panoramas de Florença e da região da Toscana –
acredito que em dias de sol essa visão seja maravilhosa, sorte essa que eu não dei. O ingresso que dá acesso
ao terraço do Duomo custa EUR 8,00.
Catedral Duomo |
Um dos portões da Catedral de Duomo |
Depois fomos dar uma passeio pelo centro antigo. Todas as principais atrações ficam concentradas nessa parte da cidade. Em Florença, se respira o
renascimento. Por onde quer que você olhe há alguma escultura, algum monumento que remete
a esse período da história da arte. Na própria Praça do Duomo você encontra o
Battistero que é a construção mais antiga do centro histórico e o Campanile,
cuja a torre do sino da catedral tem 82 metros de altura. Não
tem elevador de acesso, mas dá para subir de escada.
Terceiro dia em Florença
No terceiro dia, passeamos pelo lado oposto ao centro histórico. Não há muitos pontos turísticos famosos nesse lado da cidade. Mas há jardins e praças encantadoras e há um forte
também. Só não lembro o nome desses lugares. Na
volta, passamos pela Basílica di Santa Maria Novella, uma construção gótica,
mas com fachada renascentista.
Continuamos caminhando pela
cidade e passamos em frente a loja da Ferrari e, claro, tivemos que honrar a
grandiosidade da marca e entrar para
tirar foto com a Ferrari de algum piloto famoso (depois de se tirar foto
com a Ferrari do Schumacher em Roma, nenhum
outro piloto interessa mais).
Entramos no Hard Rock Café como de costume em nossas viagens e o de Florença deu um banho de beleza e glamour em todos os outros em que já estive.
Entramos no Hard Rock Café como de costume em nossas viagens e o de Florença deu um banho de beleza e glamour em todos os outros em que já estive.
O Hard Rock Café fica na Piazza della
Repubblica. Talvez muitos a
excluiriam do tour, mas a considero um dos locais mais mágicos da cidade. Uma
atmosfera sonhadora formada por um belíssimo arco, um lindo carrossel clássico,
ricos palácios de 1800, hotéis de luxo e
cafés tradicionais. Além disso, é um dos redutos comerciais mais elegantes de
Florença.
Quarto Dia em Florença
O primeiro ponto turístico que
fomos no quarto dia foi ao Palazzo Vecchio que, por estar próximo da
famosa Galleria Uffizzi, às vezes é esquecido pelos turistas. O prédio medieval
domina a paisagem da Piazza della Signoria. Dentro dele fica um museu e a
prefeitura de Florença, e o palácio serviu também de residência para a família
Medici. Os salões do palácio são cheios de obras de
arte, que vão de esculturas de Michelangelo e Donatello à pinturas de Da
Vinci. A entrada é de apenas €6,00.
Mesmo sem entrar no Palazzo
Vecchio, a Piazza della Signoria por si só já é uma bela atração. Nela há a Loggia
dei Lanzi, uma galeria que tem diversas esculturas de mármore, algumas delas de
renome mundial, como o “Rápto das Sabinas”, de Giambologna e “Perseu com a
cabeça da Medusa”, de Cellini. Uma outra atração imperdível da praça é a Fonte
de Netuno, que tem uma estátua impressionante do deus dos mares. E há também
uma cópia da famosa escultura de David. A praça oferece paisagens deslumbrantes
e não há nada melhor do que sentar em um dos seus cafés, ou até mesmo nas
escadarias da Loggia dei Lanzi, para ver o movimento de pessoas e apreciar a
arquitetura fenomenal do lugar.
O próximo ponto turístico em que
fomos foi a famosa Ponte Vecchio, da época do Império Romano, a primeira ponte
medieval a atravessar o rio Arno. A história dessa ponte é tão encantadora que merece ser contada. Em
1442, as autoridades locais queriam manter a região central limpa e, para isso,
mandaram todos os açougueiros se instalarem na Ponte Vecchio. Assim, as carnes
podres poderiam ser descartadas diretamente no rio. E dessa forma permaneceu até
1565, quando palácios foram construídos próximos a ponte. Em 1593, não
aguentando mais o odor, Ferdinando I ordenou
que o comércio pouco nobre fosse substituído por joalheiros e ourives, até hoje
existentes no local. A Ponte Vecchio impressionou até Hitler. Durante a Segunda Guerra Mundial, todas as pontes
de Florença foram destruídas pelos alemães, com exceção da Ponte Vecchio, que
foi preservada por ordem do ditador.
Ponte Vecchio |
Atravessamos a ponte e seguimos em direção ao Forte Belvedere. Andamos muitooo, subimos vários morros. O Forte fica no ponto mais alto da Colina de Bobori. Quando finalmente chegamos lá em cima, (quack, quack, quack - gongada de pato) o Forte estava fechado. Dizem que no Forte é um dos lugares mal assombrados da Itália. Nele, os espectros das bruxas clamam por justiça séculos depois das torturas e mortes nas fogueiras. Infelizmente, só saberei essa história numa próxima visita a Florença.
E assim passou nosso último dia na cidade. No dia seguinte, madrugamos para ir curtir o Carnaval em Veneza! Até
lá!
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