quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Conta aí: Road Trip Califórnia - San Francisco Parte 1

Por Érick Nogueira*

                            

Olá pessoal! Vou contar para vocês como foi a minha road trip pela Califórnia e Las Vegas. Ficamos 5 dias na simpática San Francisco, 3 dias dirigindo pela Pacific Coast Highway (mais conhecida como Highway 1) no litoral da Califa, 3 dias na gigante Los Angeles e 4 dias em um outro mundo chamado Las Vegas!

Bom... Vou começar com algumas considerações gerais e dizer porque eu amei este lugar chamado Califórnia:

·Lá existe qualidade de vida. As pessoas praticam atividades físicas, cuidam do corpo e da aparência.
·Ao contrário da maioria das cidades americanas, na Califórnia come-se muito bem. Nos 17 dias de viagem, comi apenas 1 sanduíche. E mesmo assim não foi um Mc Donald's ou um Burguer King. Foi O Sanduíche da minha vida. Eu e a Rafa conseguimos manter uma dieta equilibrada com carnes, vegetais, legumes e salada. Tudo muito gostoso.
·Os californianos são os americanos mais simpáticos que já conheci. Eles conversam, explicam, tratam bem os turistas, são sorridentes e tentam sempre ajudar. Quando chegamos de bike em Sausalito, uma senhora usou o seu smartphone para nos informar onde era o restaurante que estávamos procurando. Enfim... são ótimos!
·A Califórnia é um estado liberal com pessoas modernas de mente aberta. Principalmente nas grandes cidades (San Francisco e Los Angeles). Você pode se vestir do jeito que quiser, ouvir o seu estilo de música preferido, ter um cabelo colorido, andar de mãos dadas com o seu namorado (a) gay... Eles não tem qualquer tipo de preconceito e aproveitam a vida como ela é. Muitas vezes você pode ver ou sentir as pessoas fumando maconha nas praças e parques da Califórnia. Sim! Isso é muito normal. A maconha é liberada para uso medicinal.
·Trata-se do estado mais rico dos EUA e muito moderno. Pessoas modernas!
·As melhores festas, shows, feiras acontecem na Califórnia.

Ida São Paulo x San Francisco


Sai de São Paulo com destino à San Francisco no dia 1 de Novembro por volta das 22 horas. Peguei a passagem na TAM usando milhas do cartão de crédito. Como emiti com uma certa antecedência (junho), consegui uma super promoção. Apenas 50 mil milhas (25 mil cada trecho).

O vôo durou aproximadamente 9 horas. Enquanto esperava o jantar, assisti um filme e  tomei uns vinhos. Em seguida 2 Dramins me ajudaram a dormir por quase toda a viagem. Cheguei novo em NYCFiz uma escala de aproximadamente 2 horas em New York para então pegar o vôo para San Francisco. Achei que o tempo seria suficiente, mas esqueci de uma coisa chamada imigração. Como chegaram vários vôos mais ou menos no mesmo horário, a fila para ter o passaporte carimbado estava enorme. Eu já tinha me conformado que perderia o meu vôo para San Franciso, até que eu consegui desenrolar a situação com uma funcionária da imigração e ela me passou na frente de umas 400 pessoas. Falei que tinha um casamento de um amigo em San Francisco às 8 pm. Rs

Na imigração apenas uma pergunta: o que você faz no Brasil? Thank you! I'm in the USA again. Sai correndo para pegar o Airtrain que circula por todos os terminais do aeroporto JFK. Quando cheguei no embarque do vôo da United, eles já estavam falando o meu nome no Last Call. Quase perdi o vôo. Ufaaa!

Foram mais 5 horas dentro do avião, escutando música e vendo filme, para chegar em San Francisco. O fuso horário lá é muito diferente do nosso (6 horas a menos). O clima estava ótimo, em torno de 20 graus Celsius.

Estou na Califórnia...

Primeiro dia em San Francisco


Era um sábado e a minha reserva no hotel só começava no domingo (quando a Rafa chegou). Então nesse primeiro dia fui para um hostel – HI San Francisco. Nada de taxi do aeroporto para lá! Melhor pegar o trem que custou US$ 8,25 do que um taxi que iria ficar em mais ou menos US$ 50,00. Em aproximadamente 40 minutos eu estava desembarcando no centro da cidade.

O hostel era bem legal. Limpo e com preço justo. Fiquei num quarto compartilhado para 4 pessoas. Paguei US$ 30,00 na diária. No meu quarto tinham dois meninos da Costa Rica que estavam em um congresso e um senhor colombiano que era a cara do Chaves e estava trabalhando em um show. Como fiquei apenas um dia neste hostel, não fiz amizade com eles.

Fui para os EUA com apenas uma mochila. Levei 3 camisetas e 2 bermudas. Então reservei esta primeira tarde em San Francisco para fazer umas compras. Comprei algumas roupas para os primeiros dias da viagem e um cartão de memória para a câmera que o Alan me emprestou. E que câmera! As fotos ficaram lindas!

Aproveitei para passear pela região da Union Square e ter as primeiras impressões da cidade.






 Conheci também o famoso bondinho de San Francisco. Deixei para andar nele nos dias seguintes.



Nesta primeira noite em San Francisco, tomei algumas cervejas num bar próximo ao Hostel. Como estava bem cansado, resolvi não durar muito e fui dormir. Bebidas alcoólicas em geral são caras nos EUA. Paguei US$ 5 dólares em cada long neck. 

Segundo dia em San Francisco


Neste dia acordei cedo e já levei a minha mochila para o Hotel. Reservei o hotel de San Francisco através do site priceline.com. Neste site podemos “dar um lance”, ou seja, quanto queremos pagar por aquele quarto. O esquema é: você escolhe a região da cidade que quer se hospedar, a categoria do hotel e informa um valor. Se o seu lance for aceito, o seu cartão de crédito será debitado e só após o pagamento o site vai informar o nome do hotel que você passará as suas férias. Eu nunca tinha utilizado este site. Em outras viagens usei o hotwire.com que funciona mais ou menos do mesmo jeito.

Fiquei muito satisfeito. Consegui ficar em um hotel bom, super bem localizado e pagando US$ 80,00 para 2 pessoas (US$ 40,00 para cada). Quase o preço do hostel. O clima do hostel é muito legal, tem pessoas do mundo todo e você pode fazer muitas amizades. Mas o conforto do hotel é um diferencial. 

Aqui e aqui você aprende a usar o priceline e o hotwire. Usei estes métodos anteriormente em Orlando, New York e Paris. Nesta viagem usei em San Francisco, Monterey e Las Vegas. Fiquei muito satisfeito com todos os hotéis e não tive nenhum problema. Basta entender como funciona e sair reservando. Detalhe importante: não tem como cancelar a reserva ou trocar de hotel. Portanto, faça as reservas depois de comprar as passagens.
            
Voltando para o meu domingo em San Francisco, como ainda não estava no horário de entrar no hotel, deixei minha mochila na recepção, peguei meu skate que eu já tinha comprado pela internet, um mapa da cidade e fui dar uma volta.
            
Como o hotel ficava próximo à entrada do Chinatown, fiz este primeiro passeio. San Francisco tem a maior comunidade chinesa dos EUA. Na realidade, não tem nada demais lá. Muitas lojas de decoração, de chás e ervas, de comidas, etc.





Sem destino, fui em direção à região portuária de SF pela Washington Street. Nesta altura do campeonato, eu já estava conseguindo andar no skate. Sem saber, cheguei num parque fantástico chamado Sue Bierman Park. Várias pessoas andando de skate, patins, crianças no playground e slackline.





Como eu comecei a aprender slackline recentemente e quase não gosto de falar, fiz amizade com um americano que estava lá no parque com a maior corda de slack que eu já vi. Ele perguntou se eu queria fazer, mas faltou coragem. A corda estava muito alta. Já pensou se eu machuco o pé no primeiro dia de viagem?! Hahaha Ele mandava bem demais no slack e isso rendeu ótimas fotos. Coincidentemente a ex-namorada dele é brasileira e temos amigos em comum no facebook. Mundo pequeno (e que quero conhecer inteirinho!).







Fui para o Pier 1. Vários restaurantes bons, porém caros. Não almocei ali porque estava esperando a Rafa chegar. Tomei um cerveja por US$ 5,00 + tips e segui pelo calçadão do píer 1 ao 39. Claro, de skate. Já estava me sentindo profissional. Risos.







Parava sempre para tirar umas fotos. Conheci uma oficina que ensinava a fazer skates e então cheguei no Píer 39. Ali é um lugar muito turístico, com várias lojas e restaurantes. Em seguida voltei para o hotel, pois a Rafa já estava lá me esperando. Peguei o famoso bondinho para voltar. Não vá sentado. A grande onda é ir pendurado. Muito legal!!! O bilhete one way do bondinho custa US$ 6,00.






 Aproveite o trajeto de bondinho para observar a arquitetura das casas de SF.



Enfim encontrei a minha amiga Rafa no Hotel. Fomos para a Lombard Street. Lombard Street é uma das vias de trânsito mais famosas de São Francisco. Ganhou destaque internacional devido à ladeira íngreme pela qual os carros passam em zigue-zague. É sem dúvida um dos principais pontos turísticos da cidade. Eu particularmente achei muito sem grança. Mas vale uma passada rápida lá.



Esperamos 30 minutos para entrar na rua, pois ela estava fechada para a gravação de um comercial do novo carro da Nissan.

O carro vermelho é o novo carro da Nissan do comercial



Descendo a ladeira, tivemos a oportunidade de ver a ilha de Alcatraz pela primeira vez e tirar ótimas fotos.



Lá embaixo, fomos nos acabar na Ghirardelli Square. Trata-se de uma fábrica construída em 1893 onde hoje funcionam várias lojas de chocolates, sorvetes, lembrancinhas, etc. Duas dicas: comam o Top Sunday (não lembro o nome exato, mas é só perguntar qual é o melhor que eles vão indicar o mais famoso). Ele custa US$ 14 dólares e rola dividir com o amigo. Não comprem chocolates Ghirardelli ali (custam em torno de US$ 4,00 a barra). Na farmácia Wallgreen's da Union Square paguei US$ 2,00.




Depois da comilança na Ghirardelli Square, seguimos de taxi para Haight-Ashbury. Ganhamos tempo com o taxi que custou US$ 15 dólares. Se você não estiver sozinho, o custo benefício vale a pena. Em 1967, o bairro ganhou fama internacional como paraíso dos drogados que usavam principalmente maconha e LSD. Neste mesmo ano, durante o verão do amor, um grande festival de rock psicodélico com nomes como Janis Joplin aconteceu por ali. A partir daí, milhares de jovens de todas as partes dos EUA migraram para lá. Hoje a região mantém o clima boêmio e existem ótimas lojas e brechós com preços sensacionais, além de sorveterias, lojas de discos, livrarias, bares e restaurantes.








Paramos no Pub Martin Mack's, sentamos numa mesa perto da janela e ficamos só observando a movimentação noturna. Peçam a porção de Nachos e de Quesadilla. Uma delícia... Cada porção custou em torno de US$ 12 dólares. O bar estava bem cheio, pois estava passando nas TV's um clássico do futebol americano. As duas únicas pessoas do bar que estavam de costas para a TV e de frente para a rua éramos eu e a Rafa. Vale a pena o passeio... Imperdível!


*Érick Nogueira é gerente de relacionamento no Banco do Brasil. Graduado em Turismo, apesar de não exercer a profissão, Érick utiliza seus conhecimentos nas milhares de viagens que faz pelo mundo. 

2 comentários:

  1. Adorei o post, estou super ansiosa para minha viagem, e com essas dicas ficará bem mais fácil. Abç

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    1. O blog foi feito exatamente para isso: ajudar quem irá conhecer a cidade a aproveitar o máximo que ela tem a oferecer. Fico feliz que o post tenha te ajudado de alguma forma.

      Abraços

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